Quem diria que uma paixão pelos grandes romances de escritoras do século XIX me levariam à Revista Ela do Jornal O Globo…
MULHERZINHAS QUE NADA! foi o artigo lindo que a Manoela Cesar, do Blog Colher de Chá e agora também Colher de Chá Books escreveu sobre o remake desse clássico para a revista do dia 5/1/2020.
Como agora somos companheiras do Clube do Livro do “Colher” e eu já assisti o filme antigo 5 milhões de vezes, assisti a série do Amazon Prime e li o livro (ou metade dele, pois a versão que me deram de presente só tinha metade), fui uma das escolhidas para falar um pouquinho da minha fascinação pela história do ponto de vista do empreendedorismo.
Adoráveis Mulheres de 1994
Série do Amazon Prime
Meu livro que só tem metade da história
A obra de Louisa May Alcott, assim como outras de escritoras da mesma época – como Jane Austen – só mostra o quanto essas mulheres, que muitas vezes publicavam seus livros com pseudônimos masculinos, estavam muito a frente de seu tempo e talvez por isso continuem a encantar novas leitoras mundo a fora até hoje.
Adoráveis Mulheres, como eu prefiro chamar, mostra a força feminina com delicadeza. Fala de amor sim, mas principalmente do amor entre irmãs. E cada uma das irmãs March têm suas personalidades bem desenvolvidas por Alcott. Todas corajosas a sua maneira. Sendo enfrentando o opinião de uma tia que não acha seu pretendente bom o suficiente, enfrentando os próprios medos e a timidez, desbravando o o desconhecido em uma viagem pela Europa, ou enfrentando tudo e todos para ser quem realmente deseja ser… Jo, a protagonista dessa história, é movida pela paixão por escrever. Quer ser escritora. Imagino que na época, uma coisa dessas deveria ser considerada um grande absurdo. Ser independente, viver do próprio trabalho, da sua escrita, é seu sonho e ela vai buscar. Com perseverança e muita coragem!
Ora, não seriam esses dois dos três ingredientes fundamentais para empreender? Perseverança, coragem e um certo “quê” de loucura? Talvez pra época ela fosse sim, considerada um pouco doidinha.
Jo corre atrás, bate de porta em porta até conseguir uma chance e quando esta chega, a agarra, mesmo não sendo ainda o ideal. No empreendedorismo, é fundamental enxergar as oportunidades e uma vez que as têm, quando se acredita no que faz, quando se joga de corpo e alma e faz com amor e afinco, seu momento chega! E chega pra Jo, quando ela coloca seu coração no papel.
Acontece que nem sempre as coisas caminham como desejamos. Nossa heroína não queria continuar morando na cidade em que crescera, mas quando sua tia falece e deixa como herança seu casarão, Jo a transforma em uma escola e ganha um novo propósito. Se isso não é mente e olhar de empreendedora, então não sei o que é!
A Les Bisous certamente deu um novo propósito à essa designer que vos fala.
Nunca imaginei que me tornaria confeiteira, muito menos que daria uma repaginada no bom e velho suspiro. Que seria pioneira e transformaria essas gotinhas em pequenas jóias para mesa de doces. Que suspiro colorido seria muito mais que aquelas pastilhinhas duras brancas amareladas, ou coloridas de uma cor só. Quem diria que poderiam ser leves e delicados não só aos olhos, mas também ao paladar? Eu certamente nunca tinha pensado nisso, mas a oportunidade pintou ali, eu vi, acreditei e me joguei. Ainda bem!
A nova versão de Adoráveis Mulheres chega aos cinemas essa semana, dia 9/1/2020. Já estou aqui ansiosa para encontrar, junto com minhas amigas do clube de leitura, as irmãs March. Até lá, acho que vou assistir pela enésima milionésima vez, a versão com Winona Ryder, Trini Alvarado, Claire Danes e Kristen Dunst e preparar uns Bisous para saborear enquanto assisto o filme. Ô, delícia!
PS: Quem for ler o livro e quiser uma musiquinha tocando ao fundo, recomendo a trilha do primeiro filme. Amo de paixão! Tem aqui no spotify. Tem a trilha nova também, mas a do primeiro, acho mais mágica.
